Injoy – Nutrição Infantil

Tornemos mágica a relação das crianças com os alimentos.

À medida que a criança ganha autonomia os desafios são outros e nem sempre é fácil saber como gerir cada um deles.

A partir dos 15 meses é natural que possa perder o interesse por alguns alimentos. A  fase da neofobia alimentar tem normalmente o seu pico pelos 2 anos de idade, tem expressão variável de criança para criança e é, na verdade, uma defesa natural, num momento em que ela tem mais mobilidade. Sabores amargos e ácidos serão o maior desafio.

Muitos pais experenciam o contrário, com crianças com um grande apetite, que estariam sempre a comer se lhes fosse permitido.

Saiba que tanto num extremo como no outro, a criança precisa de ver os seus medos e ansiedades reconhecidos de forma empática e estratégias diretivas de controlo alimentar – como pressionar a comer ou restringir explicitamente o acesso aos alimentos – parecem ter o efeito contrário ao pretendido.

Cabe aos pais gerir o ambiente alimentar, expondo a criança a um padrão alimentar equilibrado, mas reforçando em cada momento a importância de ela se apaixonar pelos alimentos de todos os dias…. assim como pelos alimentos que se comem de vez em quando.

Alguns grupos de alimentos podem ser sempre mais desafiantes mas saiba que ensinar a criança a comer bem pode ser como ensiná-la a ler. A exposição a alguns sabores tem que ser repetida para que ela passe a gostar. Reforce: ‘Ontem não gostavas, mas hoje podes gostar’.

E acima de tudo, mais do que controlar comportamentos, é importante ter um olhar atento sobre as suas necessidades. Por exemplo:

  •  Que sabores a criança mais aprecia? Que esses sejam o ponto de partida para introdução de novos sabores mais desafiantes.
  •  O seu(sua) filho(a) está com fome? Dá-lhe a possibilidade de parar de comer quando está saciado(a) ou tem que limpar o prato? Saiba que todos temos uma capacidade inata de autorregular o apetite e esta competência intuitiva pode ficar esquecida se houver um controlo excessivo quanto às porções ingeridas e horários rígidos de refeição.
  • Permite que a criança escolha algo do menu e que se envolva com alimentos?  Para que se sinta autodeterminada quanto às suas escolhas alimentares é importante que compreenda as regras do seu ambiente alimentar e que possa interagir  com ele.

Que a principal intenção seja fortalecer um competente alimentar, capaz de sentir prazer enquanto come bem e capaz também de regular autonomamente o seu apetite. 

Quer compreender como pode melhorar as práticas para gerir a alimentação do seu(sua) filho(a), contribuindo para reforçar a sua competência alimentar? Quer também saber quais são os seus traços de comportamento alimentar? Responda a este questionário que integra o meu projeto de doutoramento e terei gosto em lhe enviar um breve relatório.

Espreite os últimos artigos deste tema: